quarta-feira, março 06, 2013

PECADO




Pecado, um assunto que abordamos muito mais quando diz respeito aos outros. Talvez, a ilusão de que estamos livres de cometer os erros dos outros nos torne cegos quanto ao que todos nós somos: pecadores.

Particularmente, gosto de como Paulo trata deste assunto na metade inicial da carta enviada aos Romanos, esclarecendo questões importantes sobre o assunto. Nesta parte da carta, Paulo usa dois termos: pecados [Romanos 1 a 5:11] e pecado [Romanos 5:12 a 8:38]. Mas, porque esta diferença? Paulo inicia mostrando que a humanidade comete pecados, no plural e em seguida expõe o que realmente somos diante de Deus, pecado, no singular.

Conforme o que Paulo expõe, quando lemos pecados, entendemos que ele se refere as nossas atitudes e comportamentos que ferem a vontade de Deus, já quando lemos pecado trata-se da nossa natureza corrompida e em processo de degeneração que nos estimula ao que é mal.

É como se fossemos os ramos de uma árvore cuja raiz é o pecado e os pecados fossem os frutos que produzimos por estar nesta árvore. Enquanto estamos nesta árvore produzimos apenas o que é próprio da nossa natureza, da nossa carne, conforme Paulo, apenas o que é mal [Gálatas 5:19,21] e se pecados são os únicos frutos da minha natureza, pecado é o que eu sou!

Por isso, pecado é algo que está além do que é moral, até porque, sejamos sinceros quanto a nossa capacidade de estabelecer graus de gravidade para certos pecados conforme nos é conveniente, não são raras as vezes em que não consideramos pecado matar ser for em defesa própria, mentir se for para manter o emprego ou roubar desde que sejam impostos que não achamos justos. Selecionamos o que é pecado para satisfazer a nossa natureza e nosso ego, faz parte do nosso ser, faz parte do que nos torna completamente distantes e diferentes de Deus.

Tanto a nossa maldade nos separa de Deus [Isaías 59:2] quanto o que somos nos garante nada menos que a morte [Romanos 5:12] e no fim não há ninguém, nenhum humano, que possa se excluir desta condição [1 João 1:8]. O cenário não é nada favorável porque, para Deus, não há diferença alguma entre um mentiroso e um assassino e nenhum dos dois é mais, ou menos, pecador do que um fanático religioso que vive de acusar aos outros de pecados que ele mesmo comete em segredo [Romanos 2:1].

Mas, graças a Deus, que nos deu uma chance, um meio nos tirar desta condição e nos livrar de toda condenação [Romanos 8:1], Jesus Cristo, que com sua morte [Romanos 5:8] nos fez nascer de novo em Deus [1 João 5:18], nos tirou da árvore do pecado e nos enxertou [Romanos 11:17-24] em si próprio que é a videira [João 15:5] cuja raiz é santa [Romanos 11:16] e produz em nós um fruto diferente da nossa natureza, o fruto do Espírito [Gálatas 5:22-23] que é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Fonte: www.fesimples.com.b

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